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NÓS SOMOS MELHORES DO QUE ISSO. #TRUESTORY

06-12-2013
Postado por Vinícius Calijorne em Em Tela

Seja uma resposta às pressas para a proibição de ontem ou uma estratégia pensada desde o início, finalmente apareceu alguém para dizer de forma muito clara que nós somos melhores que uma nota gerada a partir de umas perguntas imbecis e uma série de hashtags.

Ninguém precisa mentir: todo mundo achou engraçado, todo homem se preocupou com o que ia aparecer por lá e toda mulher quis ser vingativa com aquele cara que um dia a tratou mal. Toda mulher também foi lá dar uma conferida na nota dos homens importantes da sua vida. Isso sem falar dos homens que, de tão preocupados, acharam que valia a pena pagar por avaliações positivas. Eu, hein?

O tão aguardado Tubby, a resposta dos homens ao aplicativo Lulu, era falso. E era uma mensagem para todo mundo que preferiu ser imbecil e levar a sério uma nota e uma série de hashtags. E também para todos nós que acreditamos em tudo que aparece por aí na internet. Porque também não precisa mentir: todos nós acreditamos que o Tubby ia sim aparecer e nos perguntamos que se #Bacalhoada estava nas hashtags de exemplo, o que será que ainda podia vir por aí.

(Assista com as legendas em coreano ligadas.)

Apaguei meu perfil no Lulu? Apaguei. Mas não foi por avaliações ruins. Foi porque, curioso, simplesmente não soube lidar com o fato de não saber quem era que tinha falado o que quer seja, por lá. E aí está o meu maior problema com esses aplicativos: a defesa de levar a mesa de bar para a internet não me convence.

A mesa de bar existe por uma razão: para reunir amigos e conversar. Amigos. E não aquele semi-conhecido que você um dia viu num curso de jardinagem do lado da casa da sua tia. Você não encontra uma pessoa aleatória na rua e fala: “olha, sabe aquele moço? #AmigasDemaisNoFacebook, mas por outro lado, #MãosMágicas. 8,5.”. Assim como nem o mais boçal dos homens (ok, talvez o mais boçal sim) vira para qualquer desconhecido e diz “Nó, você vai pegar fulana? #AnalGiratório. 9,4.”.

E olha, esse tipo de conversa, nem nas mesas de bar. Pelo menos não nas que eu frequento.

Sem entrar nos méritos da discussão de machismo, feminismo, heteronormatismo e o que quer mais que seja que estão todos tentando falar para intelectualizar o argumento, o grande ponto é: a vida não funciona desse jeito. Não precisamos falar sobre os papéis que homens e mulheres cumprem na sociedade porque uma avaliação artificial dessa forma não diz nada sobre ninguém. E relacionamentos são diferentes e só dizem respeito à quem participou deles.

A vida segue igual estava antes.

Vinícius Calijorne trabalha com conteúdo digital, é estudante de Cinema e Publicidade e é autor desse texto, exclusivo para o Blog da Innovare.

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