Ontem vi esse vídeo do nosso querido BuzzFeed, explicando as locadoras de vídeo para crianças de hoje. E aí fiquei nostálgico de novo, porque eu sou desses.
Dá uma olhada:
É muito triste pensar o que o streaming, o on demand e as opções infinitas estão fazendo com o consumo do audiovisual. Claro que por um lado é ótimo: está tudo disponível para todos, a qualquer momento, em qualquer tela. Já falei por aqui algumas vezes: uso e sou entusiasta desses serviços e plataformas.
Mas ver um filme era sim um grande momento de entretenimento familiar ou entre amigos. Ir à locadora fazia parte dele. Escolher os filmes, a expectativa e a apreensão para saber se o que eu queria estava ou não disponível. E, pelo menos no meu caso, era preciso afunilar. Eu sempre queria levar cinco filmes. Meus pais, com alguma sensatez que me falta, nunca concordaram com o número.
Eu era do tipo que pegava o catálogo de lançamentos do mês da Blockbuster e me planejava de acordo com as datas. Ficava pensando qual seria o filme que eu ia locar naquele fim de semana. E muito provavelmente já tinha umas duas ou três opções no back-up, pro caso de muitas pessoas quererem ver o mesmo filme.
E querendo ou não, todas essas novas opções tiram um pouco da graça da coisa. Era legal todo esse processo de ir alugar um filme. Era parte da diversão. Era uma das coisas que fazia a gente se apaixonar pelo mundo do cinema. Hoje, é só apertar um botão. Isso quando tem botão para apertar.
E sabe o que é ainda pior? Até ir ao cinema, de fato, perdeu um pouco do charme. Se eu não quiser passar pela situação de não ter ingressos pro filme ou a de assistir o filme com o pescoço curvado em 90º porque só tinha lugar na primeira fileira, basta comprar antes e marcar o assento. Problema resolvido. Uma maravilha, é verdade. Mas uma maravilha que destrói o romantismo.
Vinícius Calijorne trabalha com conteúdo digital, é estudante de Cinema e Publicidade e é autor desse texto, exclusivo para o Blog da Innovare.
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